Sérgio Lopes

Carrossel dos Excluídos

Sérgio Lopes


Tom: G

Intro: Em  Em6  Em7  Em6  Em7  Em6  Em7  Em6

Em
Quando eu nasci aprendi que em casa, tudo é de graça, e nada se paga

Tinha o leite, o biscoito, e às vezes, tinha também chocolate de graça
Am
Ia pra escola, não pagava nada, tinha merenda gostosa de graça
B5(9)                    Em
Tudo era tão suave, que saudade! (Bis)

Em
Eu fui crescendo e ouvindo conversas, e descobri o que era dinheiro

Que na verdade nada era de graça, tudo se paga, se vende ou barganha
Am
Vi o meu pai sussurrando no quarto e a minha mãe suspirando nervosa
B5(9)                  Em
Do emprego ele foi excluído! (Bis)

Em
Minha inocência estava acabando e a indecência da vida chegando

Vi que os adultos guardavam segredos e conviviam com um monte de medos
Am
Medo da dor, do patrão, da polícia, medo das blitz, das balas perdidas
B5(9)                 Em
Todos os adultos são culpados! (Bis)

Em
E pra fugir dessas coisas sombrias, pra se sentir mais tranquilo na vida

Todos procuram ansiosamente, onde está Deus que nos garante a vida
Am
E foi assim que encontrei a igreja, enquanto o mundo cruel nos condena
B5(9)                  Em
A igreja de Deus nos perdoa! (Bis)

Em
Quando eu passo às cinco da tarde na Praça XV ou Central do Brasil

Vejo pessoas que foram excluídas de um emprego que não lhes serviu
Am
Gente excluída dos sonhos da vida, gente excluída do emprego que quis
B5(9)               Em
Uma multidão de excluídos! (Bis)

B5(9)                       Em
De alguma coisa nessa capitalista sociedade
B5(9)                       Em
Todos nós somos sempre excluídos.

Em
Ainda bem que existe a igreja, onde as pessoas não são excluídas

Lá tem amor e tem misericórdia, pregam que Deus não desiste de nós
Am
Lá me ensinaram sobre a tolerância, que o homem cai mais que Deus o levanta
B5(9)                           Em
A igreja não exclui ninguém que alívio! (Bis)

B5(9)                        Em
Setenta vezes sete, a igreja nos perdoa
B5(9)                            Em
A igreja não exclui ninguém que alívio!