Sérgio Godinho

Grão da Mesma Mó

Sérgio Godinho


Tom: Dm

Dm    Gm Am
Dm    Gm Am


[Verse 1]

Dm
Não sei se estão a ver aqueles dias
                           Gm Am Dm                                          Gm Am Dm
Em que não acontece nada a não ser o que aconteceu e o que não aconteceu (Uoooohoooo)
                                                   Gm Am Dm
E do nada há uma luz que se acende, não se sabe se vem de fora ou se vem de dentro
           Gm Am Dm
Apareceu  (Uoooohoooo)


[Pre-Chorus]

Bb          Gm                  Dm
E dentro da porção da tua vida, é a ti
                   F                           Bb
Que cabe o não trocar nenhum futuro pelo presente
          Gm                  F
O fazer face a face que se teve até ali

Ausente, presente


[Chorus]

Bb                 Gm
Vê lá o que fazes, há tanto a fazer
Dm                      F                      Bb
Fazes que fazes ou pões as sementes a crescer?
                  Gm
Precisas de água, terra também
Dm                     F                      Bb
Ventos cruzados o sol, a chuva que os detém
                  Gm
Vivida a planta, refeita a casa
Dm                           F                        Bb
É o espaço em branco, tempo de o escrever e abrir asa
                 Gm
E a linha funda, na palma da mão
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então (Uoooohoooo)
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então (Uoooohoooo)


[Verse 2]

Dm
Mas há linhas de água que cruzas sem sequer notares
Gm Am Dm                                                    Gm Am
E oh, estás no deserto e talvez no oásis, se o olhares (Uoooohoooo)
Dm                                                    Gm Am Dm
E não há mal, e não há bem que não te venha incomodar, vale esse valor?
                               Gm Am
É para vender ou comprar? (Uoooohoooo)



[Pre-Chorus]

Bb                Gm                 Dm
Mas hoje questões éticas? Agora? Por favor
                   F                           Bb
Que te iam prescrever a tal receita para a dor
                 Gm                               F
Vais ter que reciclar o muito frio e o muito quente

Ausente, presente


[Chorus]

Bb                 Gm
Vê lá o que fazes, há tanto a fazer
Dm                      F                      Bb
Fazes que fazes ou pões as sementes a crescer?
                 Gm
E a linha funda, na palma da mão
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então


[Verse 3]

Dm                                                      Gm Am Dm
Um curto espaço de tempo, vais preenchê-lo com o frio da morte morrida
                                Gm Am Dm
Ou o calor da vida vivida? (Uoooohoooo)
Dm                                                          Gm Am Dm
Não queiras ser nem um exemplo nem um mau exemplo por si só
                                     Gm Am Dm
Há dias em que é grão da mesma mó (Uoooohoooo)

[Pre-Chorus]


Bb                Gm                 Dm
E a senha já tirada já tardia do doente
            F                           Bb
Dez lugares atrás e pouco a pouco à frente
                  Gm                       F
E cada um falar-te das histórias da sua vida

Feliz, dorida

[Chorus]

Bb                 Gm
Vê lá o que fazes, há tanto a fazer
Dm                      F                      Bb
Fazes que fazes ou pões as sementes a crescer?
                  Gm
Precisas de água, terra também
Dm                     F                      Bb
Ventos cruzados o sol, a chuva que os detém
                  Gm
Vivida a planta, refeita a casa
Dm                           F                        Bb
É o espaço em branco, tempo de o escrever e abrir asa
                 Gm
E a linha funda, na palma da mão
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então (Uoooohoooo)
Dm                   Gm Am
Desenha o tempo então (Uoooohoooo)


[Verse 4]

Bb Bb Gm

Dm                                                     F
E explicaram-te em botânica uma espécie que não muda: a flor do fatalismo. Está feito.
Bb                        Gm                    Dm                                 F
E se até dá jeito alterar só por hoje o amanhã. Melhor é transfigurar o amanhã com todo o hoje
Bb                    Gm                 Dm                               F
(Vê lá o que fazes há tanto a fazer...) E as palavras tornam-se esparsas, assumes, fazes que disfarças
Bb                Gm                     Dm                              F                          Bb
Escolhes paixões, ciúmes, tragédias e farsas e faças o que faças, por vales e cumes encontras-te a sós, só
                 Gm
Grão a grão. Acompanhado e só
Dm                   Gm Am
Grão da mesma mó
Dm                   Gm Am
Grão da mesma mó
Dm                   Gm Am
Grão da mesma mó
Dm                   Gm Am
Grão da mesma mó