Desarmem os campos minados da ignorância onde se infiltra friamente o preconceito, esse sim, fatal, letal, brutal e não há senso que lhe valha o preconceito desempalha animais incongruentes atacando pela trilha de uma ilha outrora virgem Aparência da virtude O preconceito nunca falha flecha certeira na esteira da inocência aparência de virtude E por mais que se escude na justificação pseudo-ética cosmética, caquética do seu valor de guardião das morais vitais pra lá do ano 2000 o preconceito não tem estado civil é casado com a morte divorciado da vida é viúvo de si mesmo é solteiro e por junto separado suicida Desarmem o preconceito! Armem por favor as armas do amor amor no sentido primeiro e secular armem o mar armem o vento p´ro uso depois vão e regressem depois mas por quem sois mas por quem sois armem as armas do amor armem as armas do amor armem as armas do amor armem por favor as armas do amor Desarmem as metralhadoras côr-de-cinza que defendem a condescendência cautelosa, lacrimosa das decisões oficiais carimbadas despachadas e só por isso legais mas que vão milhas atrás das atrozes realidades que o corpo grita e a alma berra A condescendência não desferra No cofre forte onde se encerra a planificação ponderada de um problema complexo há soluções de fachada 2 mil mortos perfilados na parada há palestras sobre sexo é um problema complexo nosso dano se ninguém resolve nada ano após ano 2 mil mortos perfilados na parada 1 por ano nossa escada em caracol para o nirvana Desarmem a condescendência! Armem por favor as armas do amor amor no sentido primeiro e secular armem o mar armem o vento p´ro uso depois vão e regressem depois mas por quem sois mas por quem sois armem as armas do amor armem as armas do amor armem as armas do amor armem por favor as armas do amor Desarmem a pose altiva emproada gargalhada que veste a incompetência incipiência disfarçada de suma sabedoria quem diria quem diria que debaixo de uma só alegoria tanto exemplo existiria Exemplos de incompetência são aos montes, são às serras impossíveis de escalar passos vãos, inúteis guerras A incompetência é incapaz de se olhar o cadáver inocente é olhado pelo soldado incontinente pelo menos é um olhar a incompetência, nem pensar nem pensar em juntar o resultado à vontade o sonhado à realidade e do real partir para a utopia menos mal assim seria menos mal Desarmem a incompetência! Armem por favor as armas do amor amor no sentido primeiro secular armem o mar armem o vento p´ro uso depois vão e regressem depois mas por quem sois mas por quem sois armem as armas do amor armem as armas do amor armem as armas do amor armem por favor as armas do amor Desarmem a boa consciência arrogante altissonante, complacente da intolerância religiosa da intolerância civil da intolerância, tanto faz desdenhosa e incapaz de intuir na diferença a trave-mestra desta vida sal da vida A intolerância é uma água envenenada rota em jorros mas dos gritos só sai água silenciosa a mais perigosa engrossa rios, traz detritos traz a caixa das esmolas flutuando já tombada penetra casas e escolas leva livros ditos sagrados mas levados mais à letra que a própria letra das suas margens e assim pondo-se à margem dos próprios rios sagrados Desarmem a intolerância! Armem por favor as armas do amor amor no sentido primeiro e secular armem o mar armem o vento pro uso depois vão e regressem depois mas por quem sois mas por quem sois armem as armas do amor armem as armas do amor armem as armas do amor armem por favor as armas do amor