O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir de lança na mão, a investir, a investir, com o cavalo atulhado de livros de história e guitarras de fado para cantar vitória. O D. Sebastião já tinha hipotecado toda a nação por dez reis de mel coado para comprar soldados, lanças, armaduras, para comprar o V das vitórias futuras. O D. Sebastião era um belo pedante foi mandar vir para uma terra distante pôs-se a discursar: isto aqui é só meu vamos lá trabalhar que quem manda sou eu. Mas o mouro é que conhecia o deserto de trás para diante e de longe e de perto o mouro é que sabia que o deserto queima e abrasa o mouro é que jogava em casa. E o D. Sebastião levou tantas na pinha que ao voltar cá encontrou a vizinha espanhola sentada na cama, deitada no trono e o país mudado de dono. E o D. Sebastião acabou na moirama um bebé chorão sem regaço nem mama a beber, a contar tim por tim tim a explicar, a morrer, sim, mas devagar E apanhou tal dose do tal nevoeiro que a tuberculose o mandou para o galheiro fez-se um funeral com princesas e reis e etcetera e tal, Viva Portugal.