Eh! Companheiro aqui estou aqui estou pra te falar Estas paredes me tolhem os passos que quero dar uma e feita de granito não se pode rebentar outra de vidro rachado p´ras duas pernas cortar Eh! Companheiro resposta resposta te quero dar Só tem medo desses muros quem tem muros no pensar todos sabemos do pássaro cá dentro a qu´rer voar se o pensamento for livre todos vamos libertar Eh! Companheiro eu falo eu falo do coração Já me acostumei à cor desta negra solidão já o preto que vai bem já o branco ainda não não sei quando vem o vento pra me levar de avião Eh! Companheiro respondo respondo do coração ser sozinho não é sina nem de rato de porão faz também soprar o vento não esperes o tufão põe sementes do teu peito nos bolsos do teu irmão Eh! Companheiro vou falar vou falar do meu parecer Vira o vento muda a sorte toda a vida ouvi dizer soprou muita ventania não vi a sorte crescer meu destino e sempre o mesmo desde moço até morrer Eh! Companheiro aqui estou aqui estou p´ra responder Sorte assim não cresce a toa como urtiga por colher cresce nas vinhas do povo leva tempo a amadur´cer quando mudar seu destino está ao alcance de um viver Eh! Companheiro aqui estou aqui estou pra te falar De toda a parte me chamam não sei p´ra onde me virar uns que trazem fechadura com portas para espreitar outros que em nome da paz não me deixam nem olhar Eh! Companheiro resposta resposta te quero dar Portas assim foram feitas p´ra se abrir de par em par não confundas duas coisas cada paz em seu lugar pela paz que nos recusam muito temos de lutar.