Luar de Agosto quem queimará chave de vidro em que porta partirá luz de Setembro quem cegará comboio azul em que estação parará Longe da vista longe do brinquedo que o poeta chamou então o coração Pobre do coração sempre aceso e sem sequer poder carregar no botão mudar de canal cortar o som e olhar como quem quer olhar enredos simples de paixão tudo no seu lugar e o coração, enfim, meu Deus a bater e a descansar Chuva de Inverno quem banhará chave de vidro em que porta partirá sol de Dezembro quem secará um de Janeiro com que pé se entrará Longe da vista ... etc. Pobre do coração ... etc. Luar de Agosto quem lembrará chave de vidro em que porta partirá praia deserta quem esconderá corpo dorido que disfarce usará Longe da vista ... etc. Pobre do coração ... etc.