Não, não satisfaz Suas medidas que nos tornam tão desiguais Nós somos muito, muito mais Que meros carnavais Somos o ás De tudo que se vai, produto do que se faz Muito mais que carnavais Que a tragédia dos telejornais Sobrenaturais, seres temperamentais Mais preciosos que o petróleo dos pré-sais Que todo ouro que roubaram das minas gerais E toda fé que já impuseram aos nossos tribais Jamais superficiais Somos o ás, radicais e anticonstitucionais Seus animais Aí, não queremos seus favores teatrais Seus animais, não queremos seus favores Beleza é miscigenação de cores E os interesses convergindo pra pontos iguais Pra liberdade, igualdade, fraternidade E paz Revolução pro nosso povo, novos ideais Meu senhor, só se não for te pedir demais Que a felicidade sejam linhas exponenciais E as vontades sejam equilaterais Meu senhor, só se não for te pedir demais Sei que emissoras são regimes ditatoriais E nós não somos criaturas experimentais Somos todo o futuro, produto do que se faz Mas é que já não satisfaz Suas medidas que nos tornam tão desiguais Nós somos muito, muito mais Que bunda, futebol e carnavais Somos o ás, o trunfo tá na mão de quem quer De tudo que se vai, algo novo que se traz Muito mais que litorais, ou o combustível dos canaviais Meu senhor, só se não for te pedir demais Meu senhor, só se não for te pedir demais Lave essas fardas paradoxais de homens estranhos Tão violentos, cães estatais, seus animais Aí, não queremos seus favores teatrais Seus animais Na verdade esses seus favores Já não me satisfazem mais Suas medidas que nos tornam tão desiguais Nós somos muito, muito mais Que meros carnavais