Chaleira preta nas brasas A cuia quente na mão Solito a beira do fogo Esquentando uma ilusão O minuano sem piedade Coiceia bravo o galpão Me doi no peito os laçassos Da saudade do rincão Me doi no peito os laçassos Da saudade do rincão A lembrança vem a tona Da chinoca la do pago Na guampa a cachaça pura De quando em quando um trago A saudade doi no guasca Domado pelo afago Daquela chinoca linda Lhe servindo o mate-amargo Daquela chinoca linda Lhe servindo o mate-amargo Tarimba feita de pau Um velho poncho e os pelegos A noite fria é intensa De doer corpo do nego Longe da minha querencia Ja nao tenho mais sossego Com a solidão acabresto Saudoso do aconchego Com a solidão acabresto Saudoso do aconchego De manha cedo a geada Campos e matas branqueando E o cavalo no potreiro Feliz esta relinchando E o cusco late faceiro Seu dono esta levantando Mais uma vez chinoquita De ti estou me lembrando Mais uma vez chinoquita De ti estou me lembrando Pra lida saio cedinho No meu pampa a galopar Campeirando eu passo o dia Mais eu tenho que voltar Outra vez de volta ao rancho Me faz na prenda pensar Chimarrão canha e violão Eu canto para não chorar Chimarão canha e violão Eu canto para não chorar