Aquele vermelho inverso transbordando nas retinas É o mesmo que se redime na adrenalina E é o que classifica maldição e vocação Estandartes enferrujados da antiga obsessão As línguas afiadas fascinadas em penitência Nunca vão rever nenhuma insuficiência Que não seja diretrizes ou catarse em conjunção Trilhas enraizadas na contra-direção Resta então o desenlace corrosivo da certeza Plenamente justificado no abismo da pureza Aquilo que alguns são ninguém mais pode ser E é assim: Fez por merecer ou fez por perecer O controle tão sucinto travestido de retidão Crença relutante no domínio da salvação A moral tão arbitrária de acordo com a correnteza Pode servir de artilharia ou de fortaleza Presos aos princípios que regem a perpetuação É cada um por si e todos pela absolvição Decorada em liturgia como culpa e como vício E em liquidação na vitrine dos sacrifícios