Andando pelas ruas e os raios me chegam do luar Um lado tão sozinho e o outro sem querer parar Alguém, assim, me aconselha a não mais olhar para trás E o que se construiu, aos poucos, tanto se desfaz. Minha sombra companheira me mostra que está tudo igual Violência em minha frente e também na página do jornal E aquele olhar faiscante, de longe, me passa a apertar E o que isso importa se há criança sem se alimentar E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer. E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer Destinos ora entrelaçados, quebrados, jogados para o ar E o coração do amigo ferido sem parar de sangrar Que esses mesmos destinos, sozinhos, possam ficar Estancando o coração do amigo para que possa cicatrizar E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer Fiéis em seus templos se curvam e dizem amém Para exatos poucos pontos, apenas, os que lhes convém Na solidão se pensa em como tudo deve estar Que a depressão não venha pois há muito há executar E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer E por amor, alguém, talvez saiba o que se possa fazer