Sou mais um peão que canta na rima ninguém me vence Se não for do seu agrado patrão velho me dispense Sou filho desse Rio Grande esse torrão me pertence Tenho sangue de gaúcho e coração catarinense Sempre gostei de fandango de cordiona e cantoria Dançar num baile de rancho no tranco da melodia Que desse a boca da noite se vá até ao clarear do dia E a indiada dançando firme numa vaneira macia Nas andanças fandangueira venho cortando esse chão Curtido a poeira da estrada e a fumaça de galpão Pra cantar a minha querência eu já trouxe a vocação Campeirando a pampa xucra no lombo da tradição Me agrada montar num potro um peladão de rodeio Pra ver o pingo tranquiando remoendo boca de freio Gosto de ver um retorço se armando pra um tempo feio E uma potranca lindaça troteando num sarandeio Para quem não me conhece sou desse jeito parceiro Eu represento meu pago num linguajar galponeiro Vou estendo um abraço pra todos meus companheiro Que eu possa alegrar o mundo com esse meu chasque campeiro