Para seguir-te Não peço nada A ti me entrego Como se nada Possa roubar de mim O que é a razão do meu viver Que o destino assim juntou E mais ninguém vai desfazer Acariciar-se Com vãs palavras Alçar-te ao topo Das tais muralhas De onde se vê o fundo dos abismos Mas não vês Que só te falta mergulhar Pra que te sintas renascer Sendo o meu escravo / és o meu senhor Sendo meu carrasco / és meu anjo protetor Eu não tenho nada / fora o teu amor Um marinheiro que espera cartas Vindas no bojo de uma garrafa Eu peço a Deus que a mim Me favoreçam as marés Os ventos soprem a meu favor E me atirem a teus pés Aliciar-te Como se as chamas Fossem de gelo e hologramas E dois vulcões, teus lábios Expelissem ilusões Se congelassem de prazer Enquanto tremem de calor Sendo o meu escravo / és o meu senhor Sendo meu carrasco / és meu anjo protetor Eu não tenho nada / fora o teu amor Para seguir-te Eu peço à sorte Que ilumine a nossa estrada Só peço a Deus o dom maravilhoso de viver E que proteja nosso amor Para que seja Renascer