Madrugada em Brasília o frio mata lá fora O sol não demora E eu não quero acordar Fico atormentado com o ritmo constante Do despertador na estante que já vai disparar Me levanto e caminho em direção ao banheiro Me olho no espelho E me ponho a pensar Já tive dor de cabeça Já faltei aula na terça E já não posso faltar Dentro de mim reina um vazio Me enxugo com frio começo a me arrumar Tomo café contra a minha vontade Pois eu sei que mais tarde a fome vai apertar Chego na escola, durmo a manhã inteira Já é sexta-feira e eu não vou estudar Eu só quero sair passar a noite no bar, beber até vomitar e nunca mais levantar E nessa hora, me bate a deprê Eu só penso em você e eu não vou te agarrar O tempo passa mas ele não me engana Pois você Luciana é quem eu quero ficar Quando eu saio e te encontro me sinto pronto pra me torturar Joguei minha chance fora minha mente implora pra eu não me lembrar E aquela flor quanta dor foi capaz de causar Como fui otário chega a ser hilário se for parar pra pensar Mas um dia eu te pego e não sosego até este dia chegar Pois apesar da mudança você nunca se cansa de me provocar