Tom: Db ( Cm Fm ) “Brasil, 1950 Êxodo Rural Eu vivia na cidade, no tempo da desordem E no meio da gente minha, no tempo da revolta Comi a minha comida no meio da batalha Amei sem perder nada Olhei tudo que vi assim Tempo de bem-ver Assim, passei o tempo que me deram para viver A voz da minha gente se levantou E a minha voz junto com a dela Tenho certeza que os dono da terra Ficaria muito mais contente se não ouvisse a minha voz Minha voz não pode muito Mais gritar... Eu bem evitei..." ( Cm Dm ) É um tempo de guerra É um tempo sem Sol Sem Sol... Sem dó... Carcará, pega, mata e come Carcará num vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que homi Carcará, pega, mata e come Carcará... Lá no sertão... É um bicho que avoa que nem avião É um pássaro malvado, Tem o bico volteado que nem gavião Carcará, pega, mata e come Carcará num vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que homi Carcará, pega, mata e come Carcará, quando vê roçada queimada Sai voando e cantando... Carcará vai fazer sua caçada Carcará come inté cobra queimada Quando chega o tempo da invernada O sertão não tem mais roça queimada Carcará mesmo assim num passa fome C'uns burrego que nasce na baixada Carcará pega, mata e come Carcará num vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que homi Carcará pega, mata e come Carcará é malvado é valentão É a águia de lá do meu sertão Os burrego novinho num pode andá Que ele puxa no imbigo inté matá Carcará pega, mata e come Carcará num vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que homi Carcará pega, mata e come Carcará... Carcará... Lá no sertão... É um bicho que avoa que nem avião Cm É um pássaro malvado Tem o bico volteado que nem gavião ( Cm Dm Cm ) ( A#m A#m A#m Cm ) Carcará pega, mata e come Carcará num vai morrer de fome Carcará, mais coragem do que homem Carcará pega, mata e come