Na encruzilhada do samba Se quer a paz, liberdade Na luta, o clamor por igualdade Gira minha coroa, contra a opressão A realeza é a voz de uma nação O brilho da aurora reluzia Findando a sombria madrugada A liberdade se esvaia Ao pé do cerro, a traição se confirmava Seguindo a marcha do poder e ambição Da revolução surge um novo coronel Retalhos da história são jogados pelo chão Na ilusão de um novo porvir Enquanto o braço forte resistia O mal imperava por ali Quanto sangue, derramado! Nosso irmão, eternizado! Brota do chão, a raiz da resistência É negritude em sua essência No remanso da dor Lanceiro negro eu sou Alma negra dos tambores e da fé A cura de todo mal, arquiteto imortal Do futuro mais puro que vier Yá oh! Mãe yá! Só teus braços para me amparar Saravá, motumbá axé, olorum kolofé! Avante tchê, contra todo algoz! Rufa o djembê ecoa a nossa voz (preta!) Preta, resistência infinita É nova era, celebro a cada conquista