A morte cedo bateu em sua porta O fio da vida se corta Sem milagre antes do adeus Lhe disseram é castigo de Deus Deus lhe ama não tem praga alguma Conta as bênçãos de uma a uma Mas um monte de nome fei’ De pecado e até peste gay Ele esconde da vergonha nua Sua voz é uma memória muda No porão ficam as sub-vidas Sem a luz, para serem esquecida E é muito fácil, fácil simplesmente esquecer Deixar pra lá, pois afinal não é você Pararappapa Sentei no banco da igreja e a cantora Falou de uma tal maldição Que eu carrego essa culpa Parece malafaização O preconceito tenta definir Rotular, dizer que não vai vir Sua saúde vai ser como todos Mas ainda terão um medo bobo Cantador de histórias, Cazuzas Numa capa com a foto muda Mas eu sei que isso não me define Nem a mim nem o Guido Brunini E é muito fácil, fácil simplesmente esquecer Deixar pra lá, pois afinal não é você No paraíso até serpente pode falar Mas nesse inferno nosso só convém calar