Saulo Laranjeira

Capinzal

Saulo Laranjeira


Sei mesmo é do capinzal
Sei das histórias sem fim
Que o vento traz dos caminhos
Por ai sei porque espio 
Dos peixes bulindo o rio
De chuvisco no quintal

Poça d' água no jardim
Cheio de amor de onze horas
Sim sei das ruas de aurora
De água dôce, juriti

Ai, mas de ti pouco sei
Bem pouco entendo afinal
Sendo coisa da razão
Quando quiseres 
Tu virás

Porém jamais 
Pelo sopro da manhã
Te quero chuva
Água nova
Temporal
Vem cortando o chão
E aos corpos nus
Traz a paixão