Ah, madrugada já rompeu Você vai me abandonar Eu sinto que o perdão você não mereceu Eu quis a ilusão e agora a dor sou eu Pobre de quem não entendeu Que a beleza de amar é se dar E só querendo pedir nunca soube o que é perder pra encontrar Eu sei... Que é preciso perdoar Foi você quem me ensinou que um homem como eu Não tem porque chorar Não sabe o que sofrer se o pranto se acabar O que é e o que é Clara e salgada Cabe em um olho E pesa uma tonelada Tem sabor de mar Pode ser discreta Inquilina da dor Morada predileta Na calada ela vem Refém da vingança Rimando o desespero rival da esperança Pode ser causada por vermes e mundanas De um espinho da flor cruel Que você ama Amante do drama Vem pra minha cama por querer Sem me perguntar me fez sofrer E eu que me julguei forte Eu que me senti Serei o fraco Quando outras delas vir Se o barato é louco E o processo é lento No momento deixa eu caminhar Contra o vento Que adianta eu ser durão E o coração ser vulnerável O vento ele não é suave Mas é frio e implacável É quente borrou a letra triste do poeta Só correu no rosto pardo do profeta Verme sai da reta A lágrima de um homem vai cair E esse é o seu B. P. pra eternidade Diz que homem não chora Tá bom, falou não vai pra grupo não Ai Jesus chorou Ah, madrugada já rompeu Você vai me abandonar Eu sinto que o perdão você não mereceu Eu quis a ilusão e agora a dor sou eu Pobre de quem não entendeu Que a beleza de amar é se dar E só querendo pedir nunca soube o que é perder pra encontrar Eu sei... Que é preciso perdoar Foi você quem me ensinou que um homem como eu Não tem porque chorar Não sabe o que sofrer se o pranto se acabar