Fui, Vaqueiro e derrubei todo tipo de touro Com meu cavalo, gibão, e meu chapéu de couro Em chapada e lajão do meu Piauí Foi, Numa noite dessas numa encruzilhada Ouvi o disparo de uma boiada Cortando o mato em minha direção A lua, Alumiava o rastro do boi mandingueiro Cai de joelhos no meio do terreiro Rezando apegado com meus patuás Boi como aquele, nunca vi nesse sertão Seu rastro cavava um palmo de chão Seu urro imitava o som do trovão Vai vaqueiro, derruba esse boi mandingueiro (3x) E mostra pra esse povo, quem manda no terreiro "Naquela noite eu andava tranquilamente Quando aparece o boi repentinamente Com os olhos de puras labaredas de fogo Cada espirro que dava era um estouro Parecia ter engolido fogo do sol Dentes afiados como anzol Babando e pingando fogo no chão Bicho criado com força do cão Chamado, Belzebu Rezei apegado com meus patuás Pedindo minha Santa para iluminar Santa dona das causas impossíveis" "Dai-me forças minha Santa, Dai-me forças minha Santa" Vai vaqueiro, derruba esse boi mandingueiro (3x) E mostra pra esse povo, quem manda no terreiro Eu montei no cavalo e sai na carreira por dentro do mato Corria por cima do rastro no meio das unhas de gato Com minha mão segurei em seu rabo Com força santa joguei-lhe no chão Derrubei... O boi mais forte desse sertão