Tem festa na aldeia, farofa na areia A pajelança sob o olhar de Guaraci Flecha que incendeia, bota fogo A chapa esquenta à espera de Jaci Cunhaporanga, garota do rio Num doce balanço de tirar o cocar Encanta o maracanã festeiro, sob o velho cajueiro Tem dança, cauim, maracá No meio desse auê (auê, auê) Um curumim passou a visão Espelho d’água se abriu, já serenou, partiu Se a maré ajudar são treze canoas no mar Foi Tupã quem mandou remar pro lado de lá E de repente, terra à vista: Euroca Desce a birita, traz a erva pra curar Ao ver um nativo, falei: Oi, sumido Soprei meu cachimbo e a marola pôs o homem a pensar Valeu, meu irmão por chegar de peito aberto E saber fechar com o certo respeitando meu quintal Todo mundo vestido? Mas que censura Roupas pro alto pra brincar o carnaval Quando o tambor tocar, quebra até o chão Samba de ladinho, vem pro batidão De alma leve e corpo quente É Carioca! É São Clemente