Foi como chuva de verão Foi pouco tempo mas floriu o meu jardim Mas veio o vento solidão Varreu as flores e levou você de mim Foi como se faltasse o sol pra acordar de manhãzinha o corpo teu Foi como se faltasse a lua pra retratar o que de bom aconteceu Foi como se faltasse, a cama dos amantes como se faltasse a pedra do anel Como a falta de palavras, no instante que eu bebia o seu mel Foi como um laço que se solta Um amor que não tem volta, uma ida sem retorno Um saudade que mata, uma casa sem adorno uma dor que me maltrata e que não quer sair de mim Poema Incidental (João Paraibano) "Faço da minha esperança, a arma pra sobreviver Até desengano eu planto, pensando que vai nascer e rego, com as próprias lágrimas, pra ilusão não morrer."