Alvo favorito dos enquadros Sem etnia maquiada, sou preto, não pardo 4P punho cerrado, pela gente da minha gente Homem de farda dispara a esmo O mesmo que te enquadra, fedendo a sangue de inocente Mas 'tamo' ai pra morrer Vivendo um dia por vez com poucos planos pro futuro E se eu chegar aos 33, é lucro Virando as páginas Dando sorrisos aonde já terei lagrimas Transformar centenas e milhares, significa Dinheiro não se gasta, se multiplica E a soma de complexos resulta num revoltado Somos reflexos do meio em que fomos criados Passam dias, quando acorda, tarde Nem me fale, passou a vida lutando pelo que nem sabe Almejando xota molhada, fama, like Morrendo, matando por par de Nike, invejando a vida do Eike As de 13, chapadas em chopadas dando chupada A troco de trocados, ou por um status de nada Lei de Gandhi não é de grande valia por aqui Contra o fluxo, onde querem aparecer eu quero sumir Lembrei dos tempos ruins, sim, mas eu preferi esquecer Tem coisas que não se explicam Tem coisas que não se explicam Só quem vem da onde eu vim é que vai entender E se não era pra eu tá aqui Ó quem brotou Rotula em vitimismo Esses séculos de injúria Ah, ok, doutor Somos peso na consciência Ô, sangue de boceta Não preciso que pinte Sou teu boi da cara preta Pente de 100 na minha ak-neta Não atura Vim por fogo na viatura E fim Zona norte de desconforto Onde o rap real foi morto E ressuscitou em meu flow shaolin Hip hop, não cairás jamais nesse disfarce Ao jogo, saiba: Toda grana do caixa não ressarce A vida/ devidamente estabelecida Por Deus Mas se alguém vai ter de cair Cuidado com a perna dos seus Lembrei dos tempos ruins, sim, mas eu preferi esquecer Tem coisas que não se explicam Tem coisas que não se explicam Só quem vem da onde eu vim é que vai entender