Saciando fome e sede na seiva da guerra Peregrino de um caminho que não leva à glória Todo ódio numa injeção subcutânea Nessa pele que eu conheço porque um dia eu já rasguei Faleci no berço e renasci na tumba Conte os sete palmos pra me ver purificado E essa purificação vem através da chama Borbulhando nessa pele que um dia eu já queimei Dormindo na terra e acordando na lama Pacientemente espero no leito de morte Como um feto sujo batizado nas entranhas desse novo aborto Insalubre, imundo, escroto e visceral Judas, beije esses lábios cinzas Pobre escravo de uma fé suicida Renegado no seu paraíso Preparado, pois meu sangue jorrará O meu sangue jorrará