Meu ódio deformado Tomando conta do meu ser Tentando me convencer Sobre um mundo Onde eu não mereço mais viver E mesmo que eu já tenha passado por isso Existia algo que teimava em me perturbar Balbuciando que esse ciclo um dia iria voltar Hoje eu não morro Acredite em mim Hoje não Se existe algo que ainda bate É o meu coração Coração rasgado (E quebrado) Em um corpo envergonhado (E cansado) Que tenta descobrir (O que tenta descobrir? ) O que é que eu fiz de errado (Tudo de errado) Caindo na própria desgraça (Merecidamente) Perdendo tudo de graça (Merecidamente) Já se foi suas asas (Merecidamente) Não tem ninguém em casa Hoje essas paredes se quebram (Quais paredes?) Minha tristeza se encerra (Realmente se encerra?) E se tudo virar guerra Mesmo que eu volte pra terra Eu viro fera (Ah, vai virar guerra) Porque hoje meus problemas não passam Minhas algemas se quebram E mesmo que tuas chamas me consumam Minha memória te assombrará Por que minha desforra está a chegar Hoje eu não vou morrer E hoje meus pulmões doem Para me lembrar que estou vivo E eles doem Para me lembrar que estou vivo Acredite em mim, hoje não Se existe algo que ainda bate É o meu coração E não importa se estou quebrado Eu não estou enterrado E se a Terra cair sobre mim Eu não serei soterrado E não importa se queimem a minha casa Ou se arranquem as minhas asas Não importa Pois hoje eu não vou morrer Esse não será o meu fim E não adianta mentir, eu estou a sorrir Por tudo que quase me derrubou E mesmo assim eu continuo aqui Porque não adianta cortar as minhas asas Ou queimar a minha casa Pois hoje eu não vou partir E não tem ninguém, ninguém que tire isso de mim Se hoje eu não morri Amanhã eu me perco No terceiro dia eu me levanto Mas no quarto eu viro qualquer um No quinto eu finalmente encontro minha paz Mas no sexto eu descubro o que é egoísta E no sétimo dia eu repito, eu repito tudo de novo Até sair da minha boca, que hoje eu não morro