Quando troveja Acendeis as serras Forjas quentes Torques em brasa Chuva na chispa Olhos abertos Troas de luz Às mães valentes Ferro e vento Talharam os seios Gravam o rosto Pastora dourada São as mães do Minho Brancas Pastoras Ai le le lo Brancas Flores Ser policiada da sua prole É testemunho das matriarcas Levanta o peito, triunfo Das vidas dos seus ventres Muralhas de ouro são suas mãos Expurgando violentas Cantos divinos das ladainhas Que resguardam seus filhos Tecendo e fiando Sem cessar os aconchegos Do inverno Para que nem vento, nem geada, nem mau agoiro Mate a sua cria É a proteção divina das suas mãos Que movem guerreiros Moleiras do sangue De quem lutando morre por esta terra