Antes declaravas qual loquaz Que amavas com ardor assaz A doce fluidez do amor Até que um dia de repente Me deixaste impunemente Sem um pingo de pudor Hoje estou vivendo por viver E a razão eu sei por quê Há um desejo que restou É um querer dedicado a ti Te amar e tê-la junto a mim Mesmo sabendo que acabou Ainda que eu diga que estou bem Saber que queres outro alguém Sequestra, rouba minha paz Reconheço, agora, sou refém Mas há, para tudo, um porém Aqui, se paga o que se faz Ninguém foge da semeadura Pode parecer loucura Ou coisa da imaginação La na frente eu só quero ver O que plantaste irás colher Viver, morrer, na solidão