Vem ver meu boi, meu bem Vem ver meu boi, meu bem É o boi grená-e-branco O mais lindo de Belém Às margens do igarapé O desfile magistral Encarna a alma dos cabanos Desse povo soberano Que habitou o Umarizal Quem são eles, festejando No folguedo de Almerindo? Essa gente, celebrando Desde o Cisne, vem cantando Alegria, indo e vindo. Vem ver meu boi, meu bem Vem ver meu boi, meu bem É o boi grená-e-branco O mais lindo de Belém O lindinho nasceu bamba E é, de fato, mais bonito Tem orquestra e maestria Estandarte e poesia E seu nome, no infinito Margaridas perfumadas Se fizeram bastião Em defesa d’alma alçada Pavilhão é alvorada Aquilino e campeão Vem ver meu boi, meu bem Vem ver meu boi, meu bem É o boi grená-e-branco O mais lindo de Belém Luiz Guilherme não sonhava Que essa herança chegaria Ante o tanto que se foi Que viria então um dia A cortejar este boi Com seu ninho em revoada E a toada orquestrada Sua glória faz fluir Da cultura evocada No Império de Umari