Domingo, no palco, encontro a canção Segunda, na vida, no peito arfante Me entrego nos braços do amor que, antes, vão Despertando sonhos, desejos infantes Não foi de primeira, mas foi forte, assim Nosso reencontro, em tudo, valeu É mais que catarse, um quase sem-fim Me fez esquecer que o passado doeu Revivendo encontros de terna paixão Que a rede embala em amor fulminante No sofá, na mesa, no quarto ou chão Eu quero viver mais do que um instante No rádio, ao fundo, alguém a cantar As trivialidades de tantos romances O tema é o mesmo, mas faz ressaltar O quanto o agora vale mais que antes Onde a alma mergulha e afunda meu eu Meu corpo, no teu, inteiro desnuda Vicio em cada milímetro teu E vivo, de novo, esse amor de segunda