Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Vá enxergar através das nuvens Quem não tem pra troca solte o refém Atiraram no beco não fica ninguém Prepare o enxame que é de lá que vem As balas vêm é que cê não tem Na carruagem do crime nunca posso Perder o pescoço pode parar São bandidos que vem de trem Isso é o jogo siga a lei mano Não casse assunto Nunca mostre o que tem Estudioso se eu vejo eu roubo não peço Atrás de sucesso, a cadeia pra alguém Eletrocutaram um amigo nosso e nem Já era tudo nesse mundo que é sem amém O lugar onde sua alma esfria A foto não sorria não tá nada bem Palavras de ofensa Maus tempos são o que vem Tudo sem futuro, filho contra o pai Cadê a paz clamem De frente com o espírito opaco Muitos cês sabem se iludem também Na madrugada aperte o passo Que é lá no escuro que brota alguém Não atenderam suas preces As profecias nunca se cumprem Eles ficam tudo coma dentro da redoma E os anjos nunca vem Onde o mal domina você nunca sabe Qual será a verdade nunca que te dizem Se degrada a sociedade, só calamidade Eles já nascem no além Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Nada brota em horta de quem planta no escuro Engasgado a seco no sufoco Esfarela mais do que paçoca essa eu não engulo Olha onde pisa todo cuidado é pouco Doutorado em descumprir a promessa Já foi mais uma lá pra pilha de entulho De mandato em mandado só troca uma letra Continua o mesmo bagulho Ei Sandrão são vários cá mente roubada A lorota já está bem maior que meus dread Bate um fio, avisa os pivete Nesse carnaval já queimaram confete Pátria pariu, mas não assumiu No barco lotado acende o pavio Família esvazia, outro corpo que esfria Sem ver se molhou na chuva de fuzil Corda bamba arrebenta, quer o que bro Palavra esfarrapada já se quebrou Bala perdida encontrada no meio da quadra Mais um sonho cedo encerrou Carta repetida nesse baralho Jogou na mesa agora aguenta Poder paralelo assume o lado Aonde o estado não entra Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém! Ouço no alto do morro, um grito sem socorro O silêncio é lei, é lei Um sopro, um eco rouco abandonado Nessa terra de ninguém!