Só vejo quando fecho os olhos O desejo sempre está na frente Às vezes, quando lembro, choro A gente passa e vai adiante Eu mesmo, que viajo e volto Lampejo de um lugar ausente Silêncio em sombra descolore No erro de um luar crescente E tenso eu me perco e, lógico Acendo o fogo incandescente Te vejo, sonho em tecnicolor Concreto vidro transparente Ao menos temos a nós mesmos, só nós dois É pouco tempo apenas e já se foi Mas pra nós tudo é agora, nunca depois Descendo o primeiro gole Queimando como água ardente Vermelho como a luz do fósforo O beijo em nós está presente Dispenso o tempo e o relógio Sou deus do templo dos descrentes O medo do ser mitológico O amor do corpo transcendente Escrevo versos sem propósitos Dedos lentos, passatempo O selo estampa o envelope Meu nome, eterno remetente Ao menos temos a nós mesmos, só nós dois É pouco tempo apenas e já se foi Mas pra nós tudo é agora, nunca depois Eu mesmo, que viajo e volto Lampejo de um lugar ausente Silêncio em sombra descolore No erro de um luar crescente E tenso eu me perco e, lógico Acendo o fogo incandescente Te vejo, sonho em tecnicolor Concreto vidro transparente Ao menos temos a nós mesmos, só nós dois É pouco tempo apenas e já se foi Mas pra nós tudo é agora, nunca depois Ao menos temos a nós mesmos, só nós dois É pouco tempo apenas e já se foi Mas pra nós tudo é agora, nunca depois