Quando penso em você Fecho os olhos de saudade Tenho tido muita coisa Menos a felicidade Correm os meus dedos longos Em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego Já me dá contentamento Pode ser até manhã Cedo claro feito dia Mas nada do que ele dizem Ne faz sentir alegria E eu só queria ter do mato Um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros E esconder minha tristeza E eu ainda sou bem moço pra cantar tristeza Deixemos de coisa e cuidemos da vida Pois senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida Eu só queria ter do mato Um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros E esconder minha tristeza E eu ainda sou bem moço pra cantar tristeza Deixemos de coisa e cuidemos da vida Pois senão chega a morte ou coisa parecida E nos arrasta moço sem ter visto a vida É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de tudo É um conto sozinho São as águas de Março fechando o verão É promessa de vida em nosso coração