Cospe fogo da metralha Pra mandar o sangue alheio Correr na sarjeta E pintar o pano de fundo Da eleição do rio Vem o troco da escopeta Não tem mais homem de bem Policial, bandido Todo mundo dando mole Na linha de tiro Não pergunte se é verdade Não pergunte quanto estrago faz Não pergunte se é possível Quanto tempo dá pra segurar Porque a resposta pode ser Não dá mais, não dá mais, não dá mais Do outro lado da cidade Ri à toa o sanguessuga É mais uma trapaça Que desceu goela abaixo Nesse jogo sujo Mais prisões e mais muralhas Chacinas e vidraças À prova de bala Isso é tudo que nos resta Pra chamar de mundo De mundo, de mundo De mundo, de mundo Ah, ninguém vai sufocar A ira santa desse povo aflito Ah ninguém vai sufocar A ira santa desse povo aflito