Batuk que faz o chão tremer Emana energia e vibração Raiz africana no xirê É canto, dança e devoção Toca pra subir, poeira Chama pra descer o povo de aruanda Noite de luar clareia Enfeita de axé, meu samba Saudade que o negro chorou A cura do corpo no seu tambor Rufa o alujá pra xangô Oxôssi na fé, ecoa o agueré Firma na palma da mão Bate adarrum a ogun Chegou oxalá, dobre`o run "Nego véio" mandingueiro rezou E pediu a seu "sinhô liberdade De Congo um nobre rei Fez reluzir felicidade Gira baiana "crioula" deixa girar Maracatu, marujada vem brincar Nos guetos, semeando esperança e paz O sonho, inocência que se refaz No peito um batuque de gente guerreira Mostrando ao mundo sua realeza Ao som da batucada brasileira O meu verde e branco é couro e madeira Vai ressoar o atabaque de um bamba Ao renascer nesse congá O primeiro império do samba