[Enredo: O Rei Negro do Picadeiro] Olha nós aí de novo Pra sambar no picadeiro Arma o circo, chama o povo, Salgueiro Aqui o negro não sai de cartaz Se entregar, jamais Olha nós aí de novo Pra sambar no picadeiro Arma o circo, chama o povo, Salgueiro Aqui o negro não sai de cartaz Se entregar, jamais Na corda bamba da vida me criei Mas qual o negro não sonhou com liberdade? Tantas vezes perdido, me encontrei Do meu trapézio saltei num voo pra felicidade Quando num breque, mambembe moleque Beijo o picadeiro da ilusão Um novo norte, lançado à sorte Na companhia do luar Feito sambista Alma de artista que vai onde o povo está E vou estar com o peito repleto de amor Eis a lição desse nobre palhaço Quando cair, no talento, saber levantar Fazer sorrir quando a tinta insiste em manchar E vou estar com o peito repleto de amor Eis a lição desse nobre palhaço Quando cair, no talento, saber levantar Fazer sorrir quando a tinta insiste em manchar O rosto retinto exposto Reflete no espelho Na cara da gente um nariz vermelho Num circo sem lona, sem rumo, sem par Mas se todo show tem que continuar (bravo!) Bravo Há esperança entre sinais e trampolins E a certeza que milhões de Benjamins Estão no palco sob as luzes da ribalta Salta, menino A luta me fez majestade Na pele, o tom da coragem Pro que está por vir Sorrir é resistir