Eu vou descer o morro espalhando axé! Ogã toca aê o rumpilé Sou Reino Unido, afro brasileiro Zulmira é mãe do meu terreiro Olorum, meu canto é de liberdade Eu vou enfeitar de verde e branco A mais bela passarela da cidade Festejar a chama e perpetuar A alegria do Erê faz purificar Invocar a força e a magia Majestosa fantasia para exaltar O negro que nos porões sofreu cruzando o mar Ogum guerreiro fez acreditar Que noutro dia o sol ia brilhar Hoje sou rei, vou festejar, vem meu povo, vem sambar Eparrei yansã, oiá Santa bárbara vem nos abençoar Água de cheiro pra baiana me benzer A furiosa faz meu corpo estremecer Gigante é a tradição, a arte, a história Tão viva na memória Não há chicote que me impeça de sonhar De bater o meu tambor, firmar ponto no Conga Tão gostoso é feijoada, o mugunzá Tem lundu, maracatu para dançar Berimbau na capoeira (capoeira, capoeira) O povo do morro não é de brincadeira Ser negro é ser protagonista Ter ponto de vista, não foge da luta O Deus é pai, somos irmãos, todos iguais Sem distinção, verdade absoluta