Iaiá mandou chamar, vem pra cá! Malandro de terno de linho e chapéu panamá! Se o senhor não tá lembrado Dá licença d’eu “contá” Hoje a maloca desce o morro pra sambar Fiz de tudo nessa vida, ôôô Dentro e fora da avenida, lá laiá Sonhos, eu realizei Cantei pra essa gente sofrida Que não desiste nunca de lutar! Passo de Ouro outra vez para alegrar Em verso e prosa a Pauliceia encantei! A boemia traduzida na canção É pois é nos acordes do meu violão “Roda as mariposa pra lá e pra cá Em vorta da lâmpida pra esquentá” Joga chave meu bem Uma prova de carinho Com a corda mi do meu cavaquinho Minha Nega, não esqueça o querosene Passa na casa da Irene chame Iracema, meu bem A triste margarida está sorrindo E o Arnesto se sentindo Feliz nessa festa também! (vem pra cá meu bem) O despejo na favela é só lembrança De preto e branco lá na Vila Esperança E se perder o trem o samba vai até de manhã Porque eu sou Adoniran