Ronca meu tambor, bate alabê Sou amizade, eu sou Comunidade não desiste de vencer E faz a festa nesse canto de amor Sou o senhor da criação Pulsa todo continente por minhas mãos Belezas naturais, riquezas minerais O baobá é ancestralidade As savanas e a vida em harmonia O povo se une em liberdade Floresce a pele escura sabedoria Reinando, construindo seus impérios Mas, quem vê a fúria do invasor no além-mar Traz a coragem refletida no olhar Luta pra não sucumbir à dor, e o negro chorou Incerteza no caminho, escravidão Minha aldeia é resistência, contra a exploração Abayomi é calmaria, é acalanto No mar fica o amor e o banzo Há força na insurreição Mesmo oprimida a boneca era esperança Em São Luiz do Maranhão A arte, um movimento, uma lembrança África, os seus antepassados não vão te esquecer Com a chama sempre acesa Vejo a igualdade florescer No casarão, a luta por justiça social A zona leste canta forte na cidade No encontro das raças, carnaval