Brasil É favela, é quilombo, é roncó Dos da Silva e Bezerras Que desceram nessa terra Encarnados em um só Naquele batuqueiro dos mocambos Que fez samba de malandro Contra a fome e a opressão Cantava contra a justiça extinta Um sambista da corimba Zé Pilintra da nação Vem no batuque mandingueiro Traz a força do congá Firma o ponto no terreiro Com a luz de Oxalá Sua verdade Jesus Por um caminho de amor Aos pés da Santa Cruz se ajoelhou Nos morros, diversos talentos Compondo verdade sem vacilação Sambistas, poetas, partideiros A serviço da canção E o samba é na lata da nata que fere o Brasil Tem gente de terno e gravata matando mais que fuzil Um monte de dedos de seta, canalhas que a pátria pariu Alô, malandragem, otário não entra aqui Na Tucuruvi, na Tucuruvi Sapeca iaia faz o povo sorrir Vai, Tucuruvi, vai, Tucuruvi Tem que ter fé pra viver nesse país Brasileiro não desiste, nunca vai desistir A esperança tá em cada um de nós A voz do Bezerra é a nossa voz