Samba-Enredo

Salgueiro - Samba-Enredo 1965

Samba-Enredo


Salgueiro - Samba-Enredo 1965 
Geraldo Babão e Valdevino Rosa  
HISTÓRIA DO CARNAVAL CARIOCA - ENEIDA

Recordando a história do carnaval 
Sob o comando do Rei Momo, 
Abrimos o desfile tradicional. 
O povo abrilhantando 
O festival de alegria, 
Retratando trajes típicos de uma época. 
Entrudo em sensacional euforia. 
Ranchos, blocos de sujos e sociedades, 
Alegres foliões, aqui relembrados. 
E o Zé Pereira, 
Pioneiro da folia no passado, 
Corso, tradições antigas, 
Moças e rapazes 
Em carros decorados, 
Ornamentados por confetes e serpentinas, 
Davam um colorido multicor, ô-ô-ô, 
Traziam a presença de Arlequim, 
De Colombina e Pierrô. 
Bonde é motivo de saudade, 
Conduzia passageiros mascarados 
Que sambavam e cantavam de verdade. 
A inesquecível Praça Onze 
Sempre foi reduto de bamba, 
Glória e consagração 
Da primeira escola de samba. 
Os imortais compositores, 
Revivemos seus talentos, seus valores. 
Hoje reina mais alegria, 
Luxo e esplendor,
O famoso baile de Veneza 
Nesta apoteose triunfal 
Traz sua eterna saudação 
Ao baile de gala do Municipal. 
Ricas fantasias, 
Desfilando em passarela, 
Tornam a nossa geografia 
Muito mais bela. 
Através destes estandartes, 
Da união das nossa co-irmãs, 
Defendendo o mesmo ideal, 
A soberania da música nacional. 
Salve o Rio de Janeiro, 
Seu carnaval, seu quatrocentão, 
Feliz abraço do Salgueiro 
À cidade de São Sebastião. 
Ó abre alas, que eu quero passar, 
Eu sou da Lira, não posso negar, 
Rosa de Ouro é quem vai ganhar!