Quem sou eu Tenho a mais bela maneira de expressar Sou Mangueira, uma poesia singular Fui ao Lácio e nos meus versos canto a última flor Que espalhou por vários continentes Um manancial de amor Caravelas ao mar partiram Por destino encontraram Brasil Nos trazendo a maior riqueza A nossa língua portuguesa Se misturou com o tupi, tupinambrasileirou Mais tarde o canto do negro ecoou E assim a língua se modificou Eu vou dos versos de Camões As folhas secas caídas de Mangueira É chama eterna, dom da criação Que fala ao pulsar do coração Cantando eu vou Do Oiapoque ao Chuí ouvir A minha pátria é minha língua Idolatrada obra-prima te faço imortal Salve, poetas e compositores Salve também os escritores Que enriqueceram a tua história Ó meu Brasil Dos filhos deste solo és mãe gentil Hoje a herança portuguesa nos conduz À estação da luz Vem no vira da Mangueira vem sambar Meu idioma tem o dom de transformar Faz do Palácio do Samba uma casa portuguesa É uma casa portuguesa com certeza