Olhai por nós, oh meu senhor Ilumina a igualdade social E a Nação azul e rosa Vai a luta orgulhosa Contra o preconceito Racial Salve mãe negra Berço da humanidade É negra raiz, herança na cor Canta, minha Rosas de Ouro! Exaltando nosso povo Que a história humilhou África suntuosa e civilizada Varrida pela ambição Assim o teu tesouro se perdeu Em nome da fé, negro foi escravizado Do seu ventre arrancado Fez prece para os orixás Na certeza de não voltar jamais Em pleno navio negreiro, ô, ô, ô Negro põe-se a lamentar Crueldade e agonia Testemunhadas pela Rainha do Mar Aportou no meu Brasil, a escravidão Nos quilombos resistiu à exploração Com a força do seu sangue construí Riqueza que ele não usufruiu Um sentimento de liberdade Mascarado na verdade pela abolição E hoje o negro canta E que esse canto não seja em vão E a sociedade vem clamando o seu perdão!