Santa Negra Maria, seu povo te reverencia Venha Courana! É seu esse altar Um concerto de fé hoje vai te aclamar Canonizar em verso e prosa A Viradouro é Rosa Senti um turbilhão de emoções Apertando meu coração na imensidão do mar Pressenti em lágrimas o meu destino Nas terras de um país menino A infância desbotar O elo da escravidão calou meu dom Segui em frente na serra da Mantiqueira Desvirginando a mente Tropecei, mas não cai na cobiça do ouro imoral Enverguei, mas resisti a dor no pecado carnal E na fé me guiei, dancei acotundá Curei, doei, fiz o bem no terreiro ao luar É sombrio o ar que divide opiniões Em pergaminhos descrevi minhas visões Almas Pelegrinas recolhi Delírio que transcende a humanidade Império de união e igualdade, dilúvio de paixão Quem diria! Da sina, desprendida Só vejo alegria, amor e esperança No espelho d’água em que outrora eu sofria Santa Negra Maria, seu povo te reverencia