Viradouro lava a alma nas águas de Iemanjá Viradouro lava a alma nas águas de Iemanjá Abraça mamãe Oxum, reina nesse conga Abraça mamãe Oxum, reina nesse conga Justiça de Xangô Kao pedra rolou Justiça de Xangô Kao pedra rolou O canto das “ganhadera” O sangue que já chorei Resiste a mulher brasileira À vida de opressão Morrer sem dignidade Sofrer na mão do patrão Cadê minha carta de alforria? Roda baiana, Maria Ao som do tambor Malê Auê auê, Cavaleiro Ogum Beira-Mar Auê auê, Patakori Ogunhê Sequei a dor nos ventos de Iansã Lavei muita roupa em Itapuã Fiz quitutes pra ganhar o que já era meu A preta pobre não se curva pro racismo Desigualdade pesa o preço desse vil metal Farol da praia clareou qualquer cinismo O Treze de Maio não chegou As lavadera agora vão pregar Nos varais do reprimido Brasil Flores em vida calam o fuzil