Acende a luz aí, na terra inventada Pra ver se brilha um olhar de esperança A vadiagem que deixaram de herança Se reinventa pela nossa pátria amada Das caravelas às ladeiras de ouro preto Ah, nossa senhora, aonde vai parar?! A cada história espanta o dom da criação Muito fanfarrão querendo ficar bem Se a inocência é um bilhete de otário Tem muito burro achando que é vigário Farinha pouca, meu pirão primeiro E a fé do brasileiro foi a leilão Pra se dar bem, meu bem Assina até papel e vende lote na terra e no céu Tá carimbado e registrado em cartório É notório que a promessa por aqui é natural Ano após ano a ilusão nos dá as caras Vai às farras, elege geral! O vigarista, pensa que é talento Nada contra o tempo, a favor da maré Se atualiza, faz um fake, viraliza Joga na rede pra pegar mané! Então, chegou a hora de mudar Não dá! Ninguém aguenta mais! A ficha tá limpa Só roubo as cenas dos seus carnavais! Acorda povo, sou clementiano! Já que o papo é de malandro, aqui não tem mané! O certo é o certo, não há mais tempo de errar Eu sou a voz que ninguém vai calar