Na pajelança do tigre vou me entregar Ao ritmo feroz dos maracás Nas garras amazonenses me leva Sou mais um filho do Porto da Pedra Deságuam delírios das retinas Desatina o imaginário sonhador Desbravou o literário em devaneios Pelos traços dos anseios, na fantasia embarcou Um coração navegou em contos caruanas do pajé Mistérios no balanço da maré Feitiços do encontro rio-mar A voz da mata é o pranto que lamenta A desmata dessas lendas Em sentinela guardiões vão preservar Para o céu não desmoronar A noite enluarada, prateava, a jangada Ê jangadeiro! Amazônia eldorado terra santa Fascínios da alma do aventureiro Rituais! Seres da floresta Instinto felino na ponta da flecha Urucum tinge a coragem tatuada em seu peito É bixo homi da pele avermelhada Oh sereia do rio, desafoga dessa tristeza Em correntezas serenas um poema Ê ponteia a viola violeiro Tambores ecoam no silêncio Da fauna um sentimento aflorava Ao ver de perto um lindo porto a conquistar Mananciais encantadores Arena de amores é Parintins Inspiração de tantos contadores