Corre pra ver Já clareou Céu de azul sem fim Pela voz da Mineira Ouvi cantando assim A Majestade do Samba chegou Chegou, Portela, vem anunciar Não há coisa mais bela Ver o chão do meu lugar Se desenhar aquarela Na tela que a mão da moderna artista pintou E o pé do sambista traçou Do alto da torre Eu vi o coreto-Sapucaí Feito um ritual Meu povo moreno brincar carnaval E a gente cantava Essa gente encantava Folia de Reis, Reinado feliz E Clara, que claro, tecia retalhos De tons e cores brasis Onde o sanfoneiro toca Pandeiro e viola Bate o surdo e a zabumba Comanda a escola E o som dos tamborins Da Tabajara Faz Madureira, poesia clara Faz Madureira, poesia, Clara Abre o pano dos terreiros da Nação Faz do canto ancestral o teu brasão Põe teu samba no roncó pra firmar Clama por Ogum Santo Guerreiro Os quebrantos, bem ligeiro, levar Pelos ventos de Oyá Clara, abre o pano da saudade Deu vontade de ouvir o teu cantar Sabiá partiu A Águia chorou Mas vejo altaneiras Guerreiras-irmãs Trazendo a bandeira Bordada com a estrela campeã