O ventre de mãe África sou eu Raiz da história Fauna flora em comunhão Savanas, imensidão Berço da humanidade Terra nascente do axé De força, bravura e coragem Batalhas de guerra e fé Mas a dor da escravidão Deixou marcas no meu chão Minhas filhas prisioneiras Em tumbeiros da ambição Chorei, Yemanjá também chorou Num mar de pranto Navega o canto que a chibata não calou Orunmilá, na senzala ecoou o tambor Resiste a alma é baobá A ancestralidade em mim Ilê Ifé, Orum Aiyê, Yamin Livre, um sonho real Vivo o meu ideal Empoderada e ousada Velada é a opressão Mordaças sociais não me calarão Guerreira na passarela No palanque ou na favela Meu quilombo Madalena a protagonizar Estou presente Sou joia rara e vim brilhar Vem sambar no palco da luta Ao girar meu pavilhão, conduta Pérola Negra personagem principal Rainha do meu carnaval