No planeta, na favela Rende a fome vai além Vence o gongo em aquarela Que o Ary fez muito bem Água Santa, Salve ela Não esquece de ninguém Moça bonita Que vem da Vila Vintém Só quem sofreu O sonho não perdeu Sem medo de lutar Com fé em Deus Das cinzas renasceu Agora vai cantar Elza, Elza Mulher do fim do mundo a guerrear Elza, Elza A deusa numa estrela a nos guiar Já comi o pão que o Diabo amassou Pequei por amor Nos braços do gênio indomável Recomecei sem rancor A vida me tornou Independente Feito a minha Mocidade No universo o meu canto ecoou Pelo direito arco-íris de amor Na Festa do Divino delirei Ouvindo o Uirapuru me encantei Vibrei na paradinha do mestre genial Incendiando nosso carnaval Griô, o samba, revela Que a nossa luta não é em vão Brilhando a carne negra Sem a sarjeta, sem o porão Na luz desta avenida Minha escola vim curtir Felicidade hoje eu quero dividir