O calor da folia Faz o mundo melhor Quero me embriagar Amor, no teu suor Elza é resistência, força, diversidade Na avenida sob a luz da Mocidade Essa mulher, deusa negra guerreira A sua cor nunca fez parte da aquarela Desse Brasil pintado pela realeza Deixando fora todo o povo da favela Hoje sou a voz dos calados Desse povo escravizado Sem qualquer explicação O pranto que rola em seu rosto Nunca foi ao mundo exposto Trago em mim essa missão Da Vila Vintém, ao topo do mundo Com muito orgulho sou da favela Oh! Padre Miguel, olhai por seu povo Abençoando nossos becos e vielas Tá faltando humanidade Mais amor no coração Chega de ver tanta crueldade É clara a desigualdade Nesse imenso mundo cão Tirai negras algemas do destino Do analfabeto, negro, pobre e nordestino Sou mais que moderna, sou atemporal A voz do povo nesse carnaval