Eita xaxado, arretado sim sinhô! Com Virgulino, filho de José Sou mancha verde vim mostrar o meu valor E nessa dança só não entra quem não quer Vim do agreste, Vila Bella me deu vida D’onde senti a lida do meu sertão! Suor no rosto, pingo que molha a terra De quem vive a guerra para ganhar o pão Com meu gingado o cangaço revelou No chão rachado pra esquecer a dor Ê cabra macho guerreou com valentia Era luta dia a dia, e o bailado a festejar Vixe Maria! Arretada, tão bonita Conquistou o lampião, fez a festa popular Poeira ê, poeira! Chapéu de couro, cartucheira e facão Ê poeira Ao meu padim padi ciço nossa fé e devoção Inspire, um relicário nordestino Nas mãos de mestre Vitalino Nos belos versos de cordéis A arte d’um povo sofrido Do barro, retratos fiéis! Eita xote arrochado Ritmo embolado Isso aqui tá muito bom! Um novo reinado, viva Gonzagão! Marinês, rainha, doce inspiração No forró pulo fogueira Vai brilhar mais uma estrela Em noite de são João!